"Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a Astarote". Jz 2:13
As prostitutas cultuais eram comum nos templos, elas eram sacerdotisas que usavam a relação sexual como forma de culto e adoração aos deuses.
A maioria dos deuses mencionados na bíblia eram cananeus, lembrando que os cananeus eram descendentes de Cam, o filho amaldiçoado de Noé (Gn 10:6). Cam gerou Canaã. Cam também gerou Cuxe que gerou Ninrode o grande líder Babilônico e Mizraim que em hebraico se refere ao povo egipcio.
Abaixo listo alguns dos deuses que aparecem na Biblia, há algumas controvérsias acerca da historia desses deuses e sua relações, mas procurei colocar abaixo as que mais são comuns entre si:
Baal- deus semita: Baal, em hebraico, significa ‘senhor’, ‘patrão’ ou ‘marido’, contudo na Bíblia ele é usado como nome próprio se referindo a um deus. Baal era filho de Dagon, ele aparece como o deus da tempestade e do vento. Era casado com Aserá.
Referencia bíblica: 1 Reis 16:31-32 e 18:21-40; 2 Reis 10:21-28 e 23:5; Jz 6:32, 8:33 e 9:4 e 9:46; Jr 11:12)
Muitos aparentemente adoravam o mesmo deus, porém com nomes diferentes. Bamote-Baal, Bete-Baal-Meom, Baal-Melkart, Meribe-Baal, Quiriate-Baal e até o famoso Baal-Zebube (Belzebu), conhecido como "O Senhor das Moscas" e seria o deus das coisas que voam ou que estão pelo ar.
No Antigo Testamento se usa muitas vezes o termo ‘baalim’, o plural de ‘baal’ (1Reis 18:18) termo que sintetiza as divindades masculinas. Aparece também o uso plural, ‘asterot, que indica as várias divindades femininas estrangeiras.
Astarote ou Asterote- deusa do amor, da fertilidade e da guerra: era chamada assim pelos fenícios, sumérios e acádios, os babilônios e assírios se referiam a ela como Ishtar, os sidônios de Inana, os egípcios de Isis e os gregos de Afrodite.
Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.
No tempo de Jeremias muitas mulheres de Judá a adoravam, com o nome de Rainha dos Céus (Jr 7:18;44:17,19).
Aserá: deusa cananéia da fertilidade adorada também pelos fenícios e pelos sírios em culto junto com Baal, o seu companheiro (Jz 3:7). Uma inscrição suméria datando de 1750 a.C. se refere a ela como a esposa de Anu, que pode ser identificado como El, o deus pai do panteão cananeu.
Aserá era chamada "A Senhora do Mar" e era representada, as vezes, como uma mulher que carregava uma ou mais serpentes nas mãos. Era a serpente de Aserá quem aconselhou Eva para desobedecer a ordem de Deus de não comer da árvore sagrada. Rituais sempre eram realizados em frente à uma árvore que representava a deusa. Daí deriva a adoração aos postes ídolos ou sagrados.
A palavra hebraica "asherah" é usada tanto para referir-se a Asera, deusa conhecida tanto como mãe de Baal como por mulher dele, quanto para identificar uma árvore sagrada, ou poste-ídolo que a representasse.
Asterote e Aserá são similares podendo as vezes se referir a mesma deusa.
Moloque: também conhecido como Malcã, conforme os textos bíblicos, é o nome do deus ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã, sacrificavam seus recém-nascidos, jogando-os em uma fogueira. Era o deus dos filhos de Amom. No hebraico, o seu nome significa “rei”. Os amonitas, descendiam de Bem-Ami, filhos de Ló. Também é conhecido como deus do fogo, pois consumia suas vitimas no fogo.
Segundo as escrituras, os povos amorreus, por volta de 1900 a.C., adoravam Moloque, ele era, ao mesmo tempo, um fogo purificador, destruidor e consumidor. A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi ou leão, no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios, consumindo assim, a criança viva.
Ele era esculpido todo em bronze, seus sacerdotes recheavam-no de produtos inflamáveis. Em seguida, aqueciam-no até que ficasse intensamente vermelho.
E da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. Lv. 18:21; 20
Os filisteus dependiam de Dagon para o sucesso em suas colheitas, mas rendiam a ele homenagens também em tempos de guerra. Para agradá-lo, ofereciam sacrifícios de animais e orações em seus grandes templos. Seus sacerdotes usavam trajes cerimoniais com escamas prateadas e grandes mitras na cabeça. Para seus deveres sagrados usavam bacias de metal e facas curvas empregadas nos sacrifícios.
Dagon- deus semitico: era uma das principais divindades dos filisteus (povo de Canaã). Ele era um deus da fertilidade, da abundância e das colheitas.
Dagon era o pai de Baal e só estava abaixo de El, o deus Supremo daquele povo. Há registros de seu nome datando da terceira dinastia de Ur, cerca de 25 séculos antes de Cristo.
Dagon é representado como uma entidade marinha tendo a parte superior do corpo de homem e da cintura para baixo, sendo peixe. Em outras representações ele é um homem com o corpo coberto de escamas, capaz de respirar, e assim viver no fundo do mar.
Dagon é representado como uma entidade marinha tendo a parte superior do corpo de homem e da cintura para baixo, sendo peixe. Em outras representações ele é um homem com o corpo coberto de escamas, capaz de respirar, e assim viver no fundo do mar.
Quando ele estava satisfeito contemplava seus seguidores com colheitas abundantes que mantinham longe as privações.
Em 1 Sm 5 vemos o relato de quando os filisteus roubaram a Arca da Aliança e Dagon se prostrou diante dela.