quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Templo de Jerusalem ou Segundo Templo

O Templo de Jerusalém (em heb בית המקדש, beit hamiqdash) é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel.


O Segundo Templo foi reconstruído durante a dominação persa, no mesmo local em que foi construído o Templo de Salomão, ou seja, no Monte Moriá. O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, quando acabou o cativeiro Babilônico.

Segundo o relato bíblico, a reconstrução do templo foi designada pelo imperador persa Ciro II.
No ano 539 a.C., Ciro apodera-se da Babilônia e ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras, terá tido lugar sob Zorobabel, sendo apoiada pelo funcionário Esdras e pelos profetas Zacarias e Ageu.

O segundo templo tinha uma estrutura bem menos suntuosa do que do primeiro, nele fazia parte vários símbolos pagãos, com a vinda de um novo império mundial os romanos e a conquista da região de Jerusalém foram escolhidos pelos judeus Herodes para administrar a região conquistada pelos romanos, ele ampliou o templo.
O Templo era uma branca e dourada estrutura que brilhava ao sol. Era construído de pedras monumentais: elas tinham aproximadamente 12m de comp., 4m de altura e 6m de largura. Uma escadaria de doze degraus conduzia até o pórtico que media aproximadamente 45 m de altura e 45 m de largura.

13- Fachada do templo e vestíbulo com 12 degraus;
14- Escadas;
15- Santo;
16- Santo dos Santos;
17- Parte posterior  com celas;

Dentro da nave ficavam apenas a mesa da Proposição, o Candelabro (menorá) e o altar do incenso. O Santo dos Santos era vazio, fato que Pompeu verificou, espantado, quando conquistou a cidade. Ao redor do Templo havia salas que aumentaram ainda mais o seu tamanho. Um véu de tapeçaria mesopotâmica pendia na abertura da nave, e outro fazia a separação entre o Santuário e o Santo dos Santos, a exemplo da separação que já existia no Tabernáculo e no Templo de Salomão.
O Templo remodelado por Herodes ganhou arquitetura de forte influência helenística- a fusão da cultura grega e oriental.


No século I a.C., Herodes, o Grande, ordena uma remodelação ao templo, com o propósito de agradar a César, tendo mandar construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição romana que dava acesso directo ao interior do pátio do templo, essa modificação é considerada por muitos judeus como uma profanação, não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez simbolizava uma profanação para os judeus.


1- 14 degraus até ao patamar;
2- Patamar
3- 9 portas (4+4+1), cada uma com 5 degraus e êxedra interior;
4- Porta oriental com uma êxedra e uma câmara alta.
5- Êxedras de entrada com 2 colunas;
6- Átrio das mulheres
7- Porta Coríntia, com 15 degraus (semicirculares?)
8- Muralha entre as mulheres e os homens;
9- Átrio dos homens, em torno do átrio dos sacerdotes
10- Muro de separação do átrio dos sacerdotes
11- Átrio dos sacerdotes
12- Altar dos holocaustos, com a rampa a sul;

Este templo  acabaria também por ser destruído em 70 DC, desta vez, pelas legiões romanas comandadas pelo imperador romano Tito. Calcula-se que mais de um milhão de judeus morreram na Grande Revolta contra Roma. Deste templo atualmente só restou o que conhecemos como o Muro das Lamentações, e a mesquita que foi construída no lugar do templo.

Muro das Lamentações, hoje a atual mesquita onde antes estava localizado o Templo de Jerusalém

Durante o mês de julho, mais precisamente dia 20 é relembrada uma das datas mais fortes e marcantes do calendário judaico, o Tishah B’ Av: a destruição do templo, ou, melhor, dos templos, porque tanto o Templo construído por Salomão, quanto o Templo restaurado por Herodes, foram destruídos na mesma data.

Desde a expulsão de Jerusalém por Tito até 1948, os judeus exilados espalharam-se pelo mundo. Historiadores defendem que, quando isso acontece, em cerca de seis gerações a cultura de um povo se perde por completo, extinguindo toda uma história. O povo judeu conseguiu manter sua cultura, mesmo disperso por muitos países.
Mesmo com a vinda dos judeus para Jerusalém e com a criação do então sonhado estado de Israel o terceiro templo judeu não foi construído, alguns ainda sonham com esse templo, outros falam que o terceiro templo será construído com a chegada do messias, para os judeus ele será o construtor do terceiro templo.

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