sábado, 22 de dezembro de 2012

Vc conhece a Laminina?

Recentemente participei de um seminário na Jocum com o professor Thomas Grunder e ele mencionou a Laminina, como boa curiosa que sou resolvi pesquisar sobre o assunto.


A laminina é uma proteína que é parte da matriz extracelular,presente na membrana basal, com funções específicas, e dentre elas, destaca-se a adesividade é encontrada  em seres humanos e animais. A matriz extracelular (ECM) encontra-se fora das células e proporciona apoio e fixação para as células no interior dos órgãos (juntamente com muitas outras funções).

Dentre tantas proteínas, a Laminina é uma das responsáveis por manter as células unidas e permite que estas células saibam qual é a função a desempenhar no organismo. É tipo uma barra de aço do corpo humano que mantém as membranas juntas. A laminina e outras proteínas da MEC, essencialmente, "colam" as células (tais como os de revestimento do estômago e intestinos). Isso mantém as células no local e que lhes permite funcionar corretamente. A estrutura da laminina é muito importante para a sua função (tal como acontece com todas as proteínas).

Mas isso seria somente uma curiosidade cientifica se não fosse pelo seu formato. A laminina é uma proteína em formato de cruz, presente na matriz extracelular de praticamente todas as nossas células.
É uma proteína que ajuda a prevenir e tratar lesões graves causadas por acidentes. A laminina é encontrada em tecidos do corpo humano, nos músculos e na placenta. É fácil de ser coletada e conservada em um freezer comum.
Uma professora da UFRJ desenvolve em seu laboratório uma promissora pesquisa sobre a utilização da proteína Laminina no tratamento de lesões raquimedulares.

O mais interessante nisso tudo é que a ciencia nos ajuda a provar os mistérios de Deus. A função da laminina é a de colar de manter junto, assim como Jesus, ele veio p/ nos grudar com o Pai, nos fazer colar de novo no Pai. Deus se revela a nós de tantas formas, a laminina só prova a onisciência de Deus. Em todas as coisas vemos Deus dizendo: Eu amo vc! Eu estou aqui!

Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
Salmos 139:16

Abaixo segue um video mtooooo interessante sobre a laminina e a grandeza do universo.



domingo, 9 de dezembro de 2012

O nome de יהוה (YHWH) na cruz de Jesus


(Recentemente ouvi a pregação do pastor Lamartine a respeito do nome de Deus e resolvi ilustrar o que ele expôs).

No império romano era comum a crucificação como meio de punição. Quando alguém era condenado ficava dependurado no madeiro e se por acaso alguém quisesse saber qual fora o crime cometido pela pessoa, uma placa de madeira estava acima da sua cabeça indicando a causa de seu crime, nos três idiomas mais usados da região, descrevendo os crimes cometidos.

Quando Jesus foi condenado, Pôncio Pilatos escreve em hebraico, grego e latim a razão de sua pena: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”, o que em latim ficaria “Iesu(a) Nazarenus Rex Iudaeorum” e na pronucia hebraica algo como “Yeshua HaNatzrati vMelech Yehudim", o que aborreceu e muito os fariseus presentes, que pediram encarecidamente que a placa fosse modificada, o que Pilatos se negou a fazer.

Qual a causa de tamanho aborrecimento por parte dos judeus? 
A causa foi um acróstico que se formou quando ele escreveu a sentença. Um acróstico são formas textuais onde a primeira letra de cada frase ou verso formam uma palavra ou frase, é uma composição em verso, na qual, a primeira, e alguma vez, a última letra da linha é lida em ordem e forma um nome ou título.
Por exemplo: INRI é um acróstico das palavras escritas em latim “Iesu(a) Nazarenus Rex Iudaeorum”

No hebraico temos Jesus o Nazareno Rei dos judeus – Yeshua HaNatzrati vMelech Yehudim
 ישוע הנצרתי ןמלך היהודים (No hebraico se lê da direita para a esquerda).As iniciais usadas eram exatamente as mesmas usadas para pronunciar o nome sagrado de Deus יהוה (YHWH).

"E Pilatos escreveu também um título, e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
E muitos dos judeus leram este título; porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim.
Diziam, pois, os principais sacerdotes dos judeus a Pilatos: Não escrevas, O Rei dos Judeus, mas que ele disse: Sou o Rei dos Judeus.
Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi".
João 19:19-22


Há Yehudim vMelech HaNazarei Yeshua

O que nós não vemos em nossas traduções é que o acróstico formado pelas primeiras letras de cada palavra forma o nome de Deus (YHWH)!


O hebraico se lê da direita para a esquerda. O nome de Deus יהוה (YHWH) é algo tão sagrado para os judeus, que eles não o pronunciam; entretanto, na leitura pública das Escrituras, eles o substituem por ADONAI - YHWH é para eles um nome impronunciavél.

יהוה (YHWH) é um tetragrama composto das letras hebraicas yod, he, vav, he.
Abaixo segue um quadro com seu equivalente no hebraico antigo.


Yod significa "mão", he é o sopro de Deus, vav significa "prego". Deus estava revelando Jesus em seu nome יהוה.  O nome de YHWH está dizendo: Jesus é o próprio Deus que foi pregado com suas mãos na cruz a fim de resgatar o homem. 

Quando Deus mudou o nome de Abrão para Abraão ele coloca a particula he ה em seu nome e no nome de Sara. Note: 
E não se chamará mais o teu nome Abrão (אברם) mas Abraão (אברהםserá o teu nome;
Gênesis 17:5

A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai (שרי), mas Sara (שרה) será o seu nome. 
Gênesis 17:15
A partir da mudança do nome de Abraão, Deus gerou vida e Sara ficou grávida. A partícula he em seu nome simbolizava a aliança que Deus estava fazendo com Abraão cujos descendentes se tornariam a nação de Israel.

Em Apocalipse 1:8 Jesus diz: "Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso". Alfa e Omega corresponde ao alfabeto grego, o equivalente em hebraico seria dizer que ele é o א Aleph e o Tav ת. Aleph significa força e é representado pela cabeça de um touro, tav é representado por uma cruz (vide quadro acima).
O tempo todo Deus está se revelando ao homem e confirmando a natureza divina de Jesus.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Janela 10x40 Missões


“Mas recebereis virtude do Espírito Santo, Deus há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra”. (Atos 1:8) 

Existem no mundo mais de 22.000 povos étnicos, com mais de 8 mil línguas diferentes. No centro do nosso mundo vive um grande numero de povos não alcançados e aproximadamente 1,8 bilhões de pessoas nunca ouviram falar de Cristo, Cristianismo ou Evangelho.
A Janela 10/40 é uma faixa de terra que vai do oeste da África até a Ásia. Subindo, a partir da Linha do Equador, fica entre os graus 10 e 40, formando um retângulo.

Na região vive o maior número de povos não-evangelizados da terra, cerca de 3,2 bilhões de pessoas em 62 países. É ali que estão algumas megalópoles de hoje, ou seja, cidades com uma grande concentração urbana como Tóquio (Japão), Calcutá (Índia), Bagdá (Iraque), Bancoc (Tailândia) entre outras. De cada 10 pobres da Terra, oito estão nessa região, e somente 8% dos missionários trabalham entre eles. É nessa faixa que se concentram os adeptos das três maiores religiões não-cristãs do mundo: islamismo, hinduísmo e budismo.

Na maioria dos países dessa região há falta de receptividade aos cristãos e, em especial, aos missionários que ali atuam. Os crentes sofrem perseguição e correm risco de vida. A saúde e proteção dos missionários é uma necessidade constante na região.

Países que formam a Janela 10/40
ORIENTE MÉDIO – 21 PAÍSES
Arábia Saudita, Argélia, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Palestina, Jordânia, Kuweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Síria, Sudão, Tunísia e Turquia.

ÁFRICA – 12 PAÍSES
Benin, Burkina, Cabo Verde, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Níger e Senegal.

ÁSIA – 21 PAÍSES
Afeganistão, Bangladesh, Barein, Butão, Camboja, China, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Filipinas, Índia, Japão, Laos, Malásia, Maldivas, Mongólia, Nepal, Paquistão, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan (Formosa) e Vietnã.

EURÁSIA – 3 PAÍSES
Cazaquistão, Turcomênia e Tadjiquistão.

EUROPA – 4 PAÍSES
Albânia, Chipre, Gibraltar e Grécia


O objetivo principal de missões é semear o conhecimento da salvação através de Jesus Cristo e levar aos homens a confiar no Salvador. Porém existe o objetivo secundário que é cuidar da saúde, educação, do desenvolvimento comunitário do povo que o missionário (a) está convivendo. 
A estratégia do trabalho missionário inclui a alfabetização, assistência na área de saúde e higiene do povo, o desenvolvimento comunitário, o estabelecimento de uma economia própria.

O que a Bíblia diz sobre Missões?

A Bíblia é um livro puramente missionário, pois mostra um Deus totalmente interessado em retomar a comunhão com o homem, ao ponto de ter enviado o Seu único Filho para resgatar este relacionamento. E o próprio Filho nos enviou como Ele foi enviado (Jo:20-21). O próprio caráter de Nosso Senhor é missionário. Portanto não é de surpreender que Sua Palavra também manifeste esta característica.

Enquanto todos os crentes são chamados para um testemunho cristão através de suas vidas, Deus chama alguns para o ministério de tempo integral (missionário), quer monocultural (trabalho dentro da sua própria cultura) quer transcultural (através de uma cultura diferente).

O Caráter : 
1. Geográfico - “os confins da terra”- At.1:8
Confins da terra não é o lugar mais distante de onde a pessoa se encontra, mas é o lugar geográfico onde ainda o evangelho não foi pregado.

2. Cultural - “a todas as nações”- Lc.24:47
Todas as etnias devem receber a mensagem de salvação. Portanto, missões toma uma aspecto transcultural, pois se não há ninguém dentro da própria cultura com recursos para evangelizá-los, será necessário que missionários transponha essas culturas para poder alcançá-los com o evangelho de Jesus Cristo.

3. Lingüístico - “de todas as nações”- Mt.28:19
Nações = etnia - povo com a mesma cultura, as mesmas crenças e a mesma língua. Para alcançar um povo com o evangelho, o missionário deverá aprender a falar a “a língua do coração” daquele povo, ainda que entenda outra língua. Dependendo do local onde trabalha, o missionário terá de aprender até mais do que duas línguas.

4. Simultâneo - At.1:8
“...e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”

As palavras tanto, como e até dão a idéia de três metas que devem ser alcançadas na mesma proporção – simultaneamente; ao mesmo tempo.

Alguns cuidados:
Não pratique o etnocídio: Etnocídio = “exterminar um povo ou raça”
Na antropologia cultural poderia se dar o sentido de “suprimir os valores culturais de um povo pela imposição de novos valores”.

Não Cristianize, mas Evangelize:
Cristianizar - É a transmissão de formas moralistas e estereotipadas de como deve se comportar um cristão.

Evangelizar - É propor o Evangelho, não impor (ICo:9-18). Se eu proponho, isso indica que o outro tem uma opção a escolher. Esse maravilhoso dom da liberdade ninguém tem o direito de usurpá-lo ao seu semelhante.

A mensagem imutável do evangelho deve ser contextualizada ao idioma e cultura de quem ouve, sem perder suas características intrínsecas. Em outras palavras, a mensagem não muda, mas a sua apresentação precisa ser relevante à cada pessoa.

Igreja Perseguida

Há perseguição da igreja em pelo menos 196 países, e houve um aumento de mais de 300% (pesquisa do ano de 2012) afetando pelo menos 350 milhões de cristãos pelo mundo.
Em alguns países, confessar a fé cristã pode resultar em prisão, exílio ou morte extrema. E esta perseguição se dá de varias maneiras, como a prática de incendiar igrejas, intimidação violenta, mortes e muitas outras.

Alguns exemplos do aumento da perseguição é a pressão publica dos muçulmanos, o Paquistão impõem a lei anti-blasfêmia, e isso acarreta uma crescente pressão dos extremistas sobre os cristãos em geral em países africanos como Quênia, Mali, Nigéria e Chade, e ali tentam impor a força seus ideais religiosos extremistas como também em alguns países europeus onde grupos laicistas tentam colocar suas idéias de secularização e o mesmo acontece em vários estados da Índia onde criam leis que impedem o intercâmbio religioso.

“Missões se faz com os joelhos dos que oram, com as mãos dos que contribuem e com os pés dos que vão”

sábado, 3 de novembro de 2012

As quatro faces de Jesus



"E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos". Apocalipse 5:8

"E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro".
Ezequiel 1:5,10


Notemos em primeiro lugar na reiteração do número quatro. São quatro seres e cada um com quatro rostos e quatro asas.
Qual é o significado do número quatro nas Escrituras?
O número três significa a perfeição divina com especial referência à Trindade. O número quatro deveria marcar então aquilo que se segue da revelação de Deus na Trindade, isto é, as suas obras criadas. Em outras palavras, o número quatro representa tudo o que foi criado. Diante disso, o número quatro aplicado ao terreno, significa a totalidade terrena. Por isso, as expressões bíblicas: "os quatro limites da terra" (Is. 11: 12), "os quatro ventos" (Ez. 37: 9), "a largura, o comprimento, a profundidade e a altura" (Ef. 3: 18).

Podemos também falar dos quatro pontos cardeais e das quatro estações do ano. Todas elas expressam a totalidade da realidade terrena. Portanto, o número quatro aplicados a terra significa a plenitude terrestre. Não é o número da plenitude divina, mas sim da plenitude no âmbito terrenal. A plenitude que manifestou nosso Senhor durante a sua vida na terra está tipificada pelos quatro seres viventes. Por isso, não é casualidade que a vida terrena de Cristo esteja registrada em quatro evangelhos.

Estas descrições e a ordem delas calçam perfeitamente com a ordem dos quatro evangelhos.
Mateus: com o leão. Mateus revela a Jesus Cristo como Rei, a realeza de Jesus está representada pelo leão.
Marcos: como o bezerro ou boi tendo o novilho como animal sacrificial. Marcos o revela como Servo. O Evangelho de Marcos apresenta o Senhor Jesus como o Servo que Se fez sacrifício pelo pecado.
Lucas: com o rosto de homem.  Isso é uma figura da humilhação e renúncia da glória do Senhor ao vir a este mundo. O Evangelho de Lucas apresenta o Senhor Jesus como Filho do Homem.
João: com a águia voando. João o revela como Deus, a sua divindade. Seu Evangelho começa com a contemplação de Jesus-Deus, Jo 1,1. A águia é o símbolo de São João, porque ele começa seu Evangelho falando da geração do Verbo em Deus, alçando-se desde o começo a alturas divinas, como a águia que se eleva em seu vôo.

O profeta Ezequiel via a Glória de Deus sobre um carro (merkabah). E o carro tinha quatro rodas imensas que iam da terra ao céu. E em cada roda havia uma figura: a de um homem, a de um leão, a de um boi, e a de uma águia. Tais rodas, que iam da terra ao céu, representam os quatro evangelhos, cujas verdades são acessíveis até mesmo às pessoas mais simples (ao nível da terra), e, a mesma verdade, girando a roda, alcança o alto dos céus, isto é, pode ser entendida em sentido muito elevado e espiritual.


Leão: Ele é conhecido como o Rei dos AnimaisSua imagem é normalmente associada ao poder, à justiça, à realeza e à força. Dentre vários símbolos usados para descrever a grandiosidade da pessoa de Cristo, o N T. refere-se a ele como “o Leão da Tribo de Judá” em clara referência a ele como o Messias e Campeão prometido que viria da tribo de Judá. Em alusão a isso, o célebre escritor inglês C. S. Lewis em sua obra clássica As Crônicas de Nárnia faz do personagem central da obra um leão, Aslan.


Águia: é conhecida como rainha das aves, é uma das mais fortes e corajosas aves de rapina. Ela aparece como símbolo da ressurreição e o triunfo de Cristo. Ela representa o olhar penetrante, que vê longe, é superior em inteligência. Jesus nos via sendo salvos. A águia é o símbolo da visão de Deus.



Boi: O boi é o símbolo do servo que trabalha incessantemente, sem reclamar, sem contestar. Jesus disse que não veio a este mundo para ser servido e sim para servir aos homens. Se o mestre serviu, quanto mais nós devemos seguir seu exemplo. O boi representa o serviço! No AT o novilho era oferecido em sacrificio. O sacrifício de Jesus.





Homem: Jesus nunca negou seu lado humano. Ele deixou a sua glória e encarnou como homem. E como homem padeceu e foi tentado em todas as coisas, porém venceu a todas elas sem pecar.

Os quatro seres viventes são figuras de Cristo, dos diferentes aspectos da revelação de Cristo, dos seus diferentes papéis — o de Messias e Rei, o de servo e sacrifício, o de homem, e o de Deus; diferentes aspectos do mesmo Cristo, diferentes pontos de vista da sua pessoa e obra; quatro rostos, quatro evangelhos, mas apenas uma pessoa.

O profeta Ezequiel os viu com asas indo por todas as direções. Isso significa que Deus está em todos os lugares, ou seja, que Ele é onipresente. Não existe lugar neste mundo, tampouco qualquer coração por mais escuro que seja em que a mão misericordiosa de Deus seja incapaz de agir.

As asas dos querubins estão cheias de olhos, ao redor e por dentro, significando que não há nenhum espaço, por menor que seja, quer nos Céus quer na Terra, que esteja fora do alcance dos olhos de Deus, pois Ele é onisciente e tudo vê.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Simbologia do Tabernáculo

Quando o povo de Deus recebeu a lei, não sabia ainda o que realmente o Senhor estava preparando. Porém como está escrito em Hebreus 8: 5, uma sombra das coisas divinas.
O antigo israelita entendia que o pecado tinha de ser pago com o sangue, a própria vida, o que levava a um substituto animal, cujo sacrifício seria no lugar do homem. Este símbolo principal era uma figura do grande sacrifício que viria, um único e de solução permanente: JESUS


As simbologias do Tabernáculo e da Lei:
Tabernáculo: própria presença de Deus. O cristão do novo testamento, pois o Espirito Santo habita nele
Santo dos Santos: representa o céu, figura da presença de Deus
Arca da Aliança: sinal máximo do pacto de Deus com o homem, possuía anjos olhando para sua base, observando a redenção humana. É o lugar onde a Lei (dez mandamentos) encontra a misericórdia.
Véu: separava o Santo dos Santos, figura da separação existente entre Deus e os homens. Rasgou-se quando Jesus morreu (Mt 27:51)
Candelabro: as luzes podem simbolizar a presença dos sete espíritos de Deus, ou seja, os aspectos do Espirito Santo.
Mesa da Proposição: simboliza a gratidão a Deus pelo sustento diário. Jesus é o pão da vida.
Altar do Incenso: significa a oração que dura para sempre, a intercessão do Espirito.
Altar do Holocausto: símbolo do sacrifício e morte de Jesus Cristo.
Bacia de Bronze: significa purificação na busca de Deus, santificação e limpeza do pecado
Sumo Sacerdote: fazia a intermediação entre Deus e o homem. Jesus é o mediador  definitivo para que todos tenham acesso ao Pai.

A Madeira de Acácia e o Ouro

O tabernáculo foi construído basicamente de dois materiais: ouro e madeira de acácia. A acácia é uma madeira pesada e dura, quase indestrutível pelo tempo ou pelos insetos. Por isso ela foi excelente para o uso longo do tabernáculo. A indestrutibilidade dessa madeira representa também que a humanidade de Cristo era incorruptível, nem o pecado e nem Satanás podendo atingir a Cristo, João 14.30; Lucas 1.35; Atos 2.31 (Salmos 16.10).

Se o ouro significa a divindade e a madeira de acácia representa a humanidade, temos uma figura perfeita de Cristo. A divindade, pois Emanuel é “Deus conosco”

As Cores do Tabernáculo:

Tudo no tabernáculo tem uma cor, seja o ouro, a prata, o cobre, as peles de animais, as pedras de engaste, ou a madeira. As cores são: azul, púrpura, carmesim e a branca do linho fino.

Azul é a cor dos céus, portanto aponta o caráter e a natureza de Cristo como Sumo Sacerdote.Como Cristo veio dos céus, voltou aos céus e está hoje intercedendo pelos seus à destra do Pai (Rm 8.34), os em Cristo têm uma vocação celestial (Hb 3.1), uma cidadania celestial (Jo 3.3-6; Hb 11.16), e uma herança celestial (I Pd 1.4).
Púrpura é a cor dos reis (Mc 15.17,18), portanto essa cor manifesta a verdade que Cristo é o Soberano e tem toda a glória dessa posição Real. Cristo foi profetizado para ser o Príncipe da Paz e reinar “do trono de Davi, cujo principado e paz não haverá fim” (Is 9.6,7).

A cor carmesim, pelas escrituras, e especialmente quando se refere ao Cristo, manifesta o Cristo Sacrificatório e a Sua humildade.

A cor carmesim, para os usos no tabernáculo, foi conseguida do corpo da fêmea do “coccus ilicis” um verme, (a palavra hebraica para escarlata e carmesim). Nisso entendemos que a cor carmesim no tabernáculo aponta tanto à humilhação de Cristo quanto à Sua morte. O fato que o carmesim fazia parte dos sacrifícios, entendemos que é o sangue de Cristo que lava-nos de todo o pecado.

A cor branca do linho fino é emblemática da perfeição, pureza, e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo.

A cor branca refere-se ao efeito da obra de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos, propícios para serem na presença de DeusDeus veste Seus sacerdotes de justiça, como são vestidos os sacerdotes do tabernáculo.

Mãe de todas as prostituições- Babilonia

Todas as religiões falsas do mundo têm sua origem em Babilônia.

E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. 
Apocalipse 17:5

Ninrode era neto de Cão, o filho amaldiçoado de Noé. Ninrode vem do heb. marad = “rebelar-se”. A tradução literal do seu nome poderia ser: “vamos nos revoltar”.
Ele fundou um reino EM OPOSIÇÃO ao reino de Deus e chefiou a construção de uma torre (Babel), e de uma cidade – Babilônia – onde se originou todo o sistema anti-Deus.

Vamos entender um pouco sobre o mito do deus sol:
A bíblia conta que um dos filhos de Noé, aquele que riu de sua nudês, Cã (ou Cão) após ser amaldiçoado pelo pai por ter zombado de sua nudez quando Noé estava embriagado, teve filhos. Um deles, chamava-se Cuxe que por sua vez, tomou por mulher Semiramis, e com ela, teve um filho chamado Ninrode.

Ninrode
Ninrode ficou biblicamente conhecido como o primeiro poderoso da terra, tomou como esposa a própria mãe, Semiramis e foi o construtor da torre de Babel, em respaldo de que a humanidade jamais seria novamente tragada pelo dilúvio. Ele pretendia reunir a humanidade em um só lugar. Neste tempo todos falavam uma só língua e seu objetivo era exercer domínio sobre todos.

obelisco egípcio
Ninrode foi morto por seu tio avô Sem (filho de Noé, irmão de Cão). Este o esquartejou e separou seus pedaços, dando fim a sua enorme maldade, e rebelião.
Ninrode foi morto esquartejado, assim como seu correspondente na cultura egipcia: Osiris. A história diz que Osiris teve seu corpo esquartejado e os pedaços separados por Sete (que não era seu tio avô, mas seu irmão, o que não anula o grau de parentesco). A deusa Isis então, viajou a procura dos pedaços.
Quando Ninrode foi morto, Semiramis tinha todas as partes do seu corpo, com exceção de uma parte que não pôde ser encontrada. Essa parte que faltava era o seu órgão reprodutor. Os obeliscos que vemos até hoje são representações do pênis perdido e não circuncidado de Ninrode.

Semiramis disse ao povo da Babilônia que Ninrode havia subido aos céus para assumir seu lugar de deus sol. Disse também que ele se faria presente na Terra sob a forma de uma chama, se vela ou lâmpada, quando usados na adoração (a chama da liberdade).

Com a morte de Ninrode, Semiramis disse que ele ascendeu aos céus e a engravidou com os raios de sol. Semiramis alegou que ela foi concebida imaculada.
O filho que ela deu à luz foi chamado Tamuz no dia 25 de dezembro, no solstício de inverno.
Tammuz, tornou-se caçador. Todos acreditavam que ele era imortal, porém, quando Tammuz tinha 40 anos, foi morto por um porco selvagem. Semiramis então proclamou 40 dias de luto correspondente aos 40 anos de vida de Tamuz. Durante este tempo, nenhuma carne era para ser comida.
Quando Tamuz foi morto por um porco selvagem, seu sangue caiu no toco de uma árvore verde, e do toco cresceu uma árvore durante a noite. Isso fez com que adoradores venerassem a árvore verde sagrada com o sangue de Tamuz.


A letra inicial de "Tam-Muz" foi escrita em hebraico como um sinal vertical da cruz e foi pronunciado como "Tau". Assim, o sinal da cruz foi a letra inicial do deus babilônico "Tamuz", ou Baco ou Ninrode. Babilônios tinham que fazer o sinal do "T" na frente de seus corações, quando eles o adoravam. Eles também comeram os bolos sagrados com a marcação de um "T" ou cruz no topo. O sinal da cruz foi, portanto, usado como um símbolo sagrado mágico para afastar o mal.

Quando Semiramis morreu anos depois, ela foi tida como a rainha dos céus, ela ascendeu aos céus e os deuses a trouxeram de volta em um ovo gigante que aterrisou no rio Eufrates.
Isso era para ter acontecido no momento da primeira lua cheia após o equinócio da primavera.
Semíramis tornou-se conhecida como Ishtar que deu origem a palavra "Easter" (Páscoa) e Este (onde nasce o Sol) "Ishtar" que é pronunciado como "Easter".
Easter, a deusa da fertilidade com seus seios de fora transformou um pássaro em um coelho que põe ovos para proclamar a sua divindade.
Osiris, Horus e Isis

Semiramis era agora adorada como a "Mãe de Deus e Rainha dos Céus". Todo ano, no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio da Primavera, uma celebração era feita. Foi chamado Domingo de Ishtar. Ela também proclamou que, como Tammuz foi morto por um porco, um porco deveria ser consumidos nesse domingo.
Os 40 dias de luto de Tamuz correspondem a quaresma e o domingo da ressurreição corresponde ao domingo de ressurreição de Semiramis.

deusa egípcia Isis, e Maria
No túmulo de Tamuz, no Vale de Hinon, seus adoradores costumavam oferecer virgens ao seu altar, os sacerdotes as engravidavam e 1 ano depois sacrificavam seus bebês de 3 meses nesse altar e pintavam um ovo com o sangue dos bebês. Em algumas tradições só se permite a cor vermelha nos ovos de pascoa e comem presunto para representar o porco que matou Tamuz.


Quando Deus confundiu as línguas em Babel, os homens se espalharam pela terra, porém o culto a trindade babilônica permaneceu.
Semiramis se tornou conhecida como Isis, Diana, Artemis. Astarte, Cybele,  nomes diferentes devido às diferenças agora em todas as línguas.

E levou-me à entrada da porta da casa do SENHOR, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.
E disse-me: Vês isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do que estas.
E levou-me para o átrio interior da casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR, e com os rostos para o oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol.
Ezequiel 8:14-16


Em Roma vemos o mesmo deus Mitra que era cultuado como o deus sol, cujo touro sacrifical representava a lua. Como a prática da santa ceia, Ceia esta que era praticada nas religiões mitraicas, onde se comia o pão e o vinho, em honra ao corpo e o sangue sacrifical de mitra e do touro sagrado por ele morto. Inclusive, o dia de seu nascimento é 25 de dezembro, data esta do que diz-se que cristo nasceu (diz-se, pois a bíblia, livro texto do cristianismo, não contém sequer registro do dia do seu nascimento).

Afrodite, Zeus e Eros; Osiris, Horus e Isis; Maria, menino Jesus e Jose
Israel seguia o calendário lunar, porém Julio Cesar adotou o calendário solar desenvolvido na Babilônia com 4 quadrantes, estabelecendo os solstícios e os equinócios.
Os mais eruditos sabem, que a igreja católica foi fundada do pó das ruínas do Império Romano, então dominador e que absorvera as culturas pagãs para se fortalecer, e assim, estabelecer o domínio das massas. Constantino era adorador do deus sol, a fim de obter o domínio do povo estabeleceu a adoração a Cristo de acordo com as festas pagãs em adoração ao deus sol.
Logo depois, o Papa Gregório  também adotou o calendário babilônico em adoração ao deus sol.

Com uma percepção aguçada, podemos perceber a evidente relação entre estas divindades. A adoração ao deus sol (Tamuz) que é citada na bíblia, é a mesma prestada a Horus (ou Rá), deus sol na cultura egípcia. Visto que Isis (Semiramis, como já explicado e demonstrado anteriormente) é ninguém menos que sua mãe, e aparece amamentando Horus (Tamuz).


Egito: Isis, Horus
Alemanha: Herta
Escandinávia: Disa
Astecas: Tonatzin
Sumérios: Inana
Romanos: Jupiter, Venus
India: Krishna
Israel: Astaroth, Baal
Gregos: Afrodite

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Semiramis, Ninrode e Tamuz

Abaixo um video em espanhol do pastor Michael Rood sobre a origem do mito de Semiramis, Ninrode e Tamuz!






sábado, 15 de setembro de 2012

Babilônia -


Documentário em 9 partes sobre a Babilonia, é so entrar no canal e ver as outras partes.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Templo de Jerusalem ou Segundo Templo

O Templo de Jerusalém (em heb בית המקדש, beit hamiqdash) é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel.


O Segundo Templo foi reconstruído durante a dominação persa, no mesmo local em que foi construído o Templo de Salomão, ou seja, no Monte Moriá. O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, quando acabou o cativeiro Babilônico.

Segundo o relato bíblico, a reconstrução do templo foi designada pelo imperador persa Ciro II.
No ano 539 a.C., Ciro apodera-se da Babilônia e ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras, terá tido lugar sob Zorobabel, sendo apoiada pelo funcionário Esdras e pelos profetas Zacarias e Ageu.

O segundo templo tinha uma estrutura bem menos suntuosa do que do primeiro, nele fazia parte vários símbolos pagãos, com a vinda de um novo império mundial os romanos e a conquista da região de Jerusalém foram escolhidos pelos judeus Herodes para administrar a região conquistada pelos romanos, ele ampliou o templo.
O Templo era uma branca e dourada estrutura que brilhava ao sol. Era construído de pedras monumentais: elas tinham aproximadamente 12m de comp., 4m de altura e 6m de largura. Uma escadaria de doze degraus conduzia até o pórtico que media aproximadamente 45 m de altura e 45 m de largura.

13- Fachada do templo e vestíbulo com 12 degraus;
14- Escadas;
15- Santo;
16- Santo dos Santos;
17- Parte posterior  com celas;

Dentro da nave ficavam apenas a mesa da Proposição, o Candelabro (menorá) e o altar do incenso. O Santo dos Santos era vazio, fato que Pompeu verificou, espantado, quando conquistou a cidade. Ao redor do Templo havia salas que aumentaram ainda mais o seu tamanho. Um véu de tapeçaria mesopotâmica pendia na abertura da nave, e outro fazia a separação entre o Santuário e o Santo dos Santos, a exemplo da separação que já existia no Tabernáculo e no Templo de Salomão.
O Templo remodelado por Herodes ganhou arquitetura de forte influência helenística- a fusão da cultura grega e oriental.


No século I a.C., Herodes, o Grande, ordena uma remodelação ao templo, com o propósito de agradar a César, tendo mandar construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição romana que dava acesso directo ao interior do pátio do templo, essa modificação é considerada por muitos judeus como uma profanação, não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez simbolizava uma profanação para os judeus.


1- 14 degraus até ao patamar;
2- Patamar
3- 9 portas (4+4+1), cada uma com 5 degraus e êxedra interior;
4- Porta oriental com uma êxedra e uma câmara alta.
5- Êxedras de entrada com 2 colunas;
6- Átrio das mulheres
7- Porta Coríntia, com 15 degraus (semicirculares?)
8- Muralha entre as mulheres e os homens;
9- Átrio dos homens, em torno do átrio dos sacerdotes
10- Muro de separação do átrio dos sacerdotes
11- Átrio dos sacerdotes
12- Altar dos holocaustos, com a rampa a sul;

Este templo  acabaria também por ser destruído em 70 DC, desta vez, pelas legiões romanas comandadas pelo imperador romano Tito. Calcula-se que mais de um milhão de judeus morreram na Grande Revolta contra Roma. Deste templo atualmente só restou o que conhecemos como o Muro das Lamentações, e a mesquita que foi construída no lugar do templo.

Muro das Lamentações, hoje a atual mesquita onde antes estava localizado o Templo de Jerusalém

Durante o mês de julho, mais precisamente dia 20 é relembrada uma das datas mais fortes e marcantes do calendário judaico, o Tishah B’ Av: a destruição do templo, ou, melhor, dos templos, porque tanto o Templo construído por Salomão, quanto o Templo restaurado por Herodes, foram destruídos na mesma data.

Desde a expulsão de Jerusalém por Tito até 1948, os judeus exilados espalharam-se pelo mundo. Historiadores defendem que, quando isso acontece, em cerca de seis gerações a cultura de um povo se perde por completo, extinguindo toda uma história. O povo judeu conseguiu manter sua cultura, mesmo disperso por muitos países.
Mesmo com a vinda dos judeus para Jerusalém e com a criação do então sonhado estado de Israel o terceiro templo judeu não foi construído, alguns ainda sonham com esse templo, outros falam que o terceiro templo será construído com a chegada do messias, para os judeus ele será o construtor do terceiro templo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Templo de Salomão

A construção de uma casa permanente para substituir o tabernáculo, sempre ocupou o pensamento de Davi, e, por isso, tratou logo no principio de seu reinado, de armazenar os materiais necessários à realização de seu plano, 2Sm 7; 1Rs 5.3-5; 8.17; 1Cr 22; 28.11 a 29.9.
Deus se agradou da proposta de Davi, mas disse-lhe que, uma vez que Davi tinha derramado muito sangue na guerra, seu filho (Salomão) teria o privilégio de fazer tal construção.

Davi ajuntou 100.000 talentos de ouro e 1.000.000 de talentos de prata, para os gastos da casa do Senhor, 1Cr 22.14. Além disso, deu ele de seu bolso 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata; e os príncipes contribuíram com 5.000 talentos de ouro, 10.000 soldos de ouro, e 10.000 talentos de prata, fazendo um total de 108.000 talentos de ouro, 10.000 soldos de ouro e 1.017.000 talentos de prata.

Esta soma equivale a quase 4,9 milhões de dólares, ou quase 2,4 milhões de dólares, se fizermos o cálculo pelo sistema de peso mais reduzido. Todo o material amontoado foi posto à disposição do rei Salomão para a construção do templo e ainda sobejou 1Rs 7.51; 2Cr 5.1. 
Salomão deu principio à obra no quarto ano de seu reinado e completou-a dentro de sete anos e meio, 1Rs 6.1,38, seguindo o plano arquitetônico que Davi recebera mediante inspiração.
A aliança de Salomão com Hirão, rei de Tiro, facilitou a aquisição de madeiras do Líbano e de hábeis artífices.
O rei escolheu obreiros em todo o Israel, 30.000 homens, que ele mandava ao Líbano por seu turno, dez mil cada mês, 1Rs 5.13.


O templo foi levantado sobre o Monte Moriá, no lugar que tinha sido mostrado a Davi seu pai, na eira de Ornã, jebuseu, 2Cr 8.1,  e onde Abraão teria levado seu filho Isaque para sacrificá-lo, sendo salvo disso por um anjo que proveu outro sacrifício.

O plano geral obedecia ao mesmo plano do tabernáculo; as dimensões eram em dobro e as ornamentações mais ricas.
A divisão entre o santo dos santos e o lugar santo era feita de tábuas de cedro, forradas de ouro de ambos os lados, e tinha duas portas de pau de oliveira, decoradas com palmas, querubins e flores, e também forradas de ouro, 1Rs 6.16,21,31,32; 2Cr 8.14.


O templo, uma esplêndida estrutura, seguia o plano geral do tabernáculo. Contudo, as dimensões internas do Santo e do Santíssimo eram maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santíssimo era um cubo de 20 côvados de lado. (1Rs 6:20; 2Cr 3:8) Adicionalmente, havia câmaras, sobre o Santíssimo, que tinham aproximadamente 10 côvados (4,5 m) de altura. (1Cr 28:11) Havia também uma estrutura lateral, ao redor do templo, em três lados, contendo câmaras de armazenagem, e assim por diante. — 1Rs 6:4-6, 10.

Todos os utensílios do Lugar Santo eram de ouro: o altar do incenso, as dez mesas dos pães da proposição e os dez candelabros, junto com seus acessórios. Ao lado da entrada do Santo (o primeiro compartimento), erguiam-se duas colunas de cobre, chamadas “Jaquim” e “Boaz”. (1Rs 7:15-22, 48-50; 1Cr 28:16; 2Cr 4:8.) O pátio interno era construído de pedra e de cedro de excelente qualidade. (1Rs 6:36) Os acessórios que havia no pátio — o altar dos sacrifícios, o grande “mar de fundição”, dez carrocins para bacias de água, e outros utensílios — eram de cobre. (1Rs 7:23-47) Havia refeitórios no perímetro dos pátios. — 1Cr 28:12.



Este templo durou até 607 AEC, quando foi destruído pelo exército babilônico chefiado pelo Rei Nabucodonosor. (2Rs 25:9; 2Cr 36:19; Je 52:13) Por causa do desvio de Israel para a religião falsa, Deus permitiu que as nações fustigassem Judá e Jerusalém, às vezes despojando o templo de seus tesouros.


Quando Israel foi derrotada pelos babilônios o povo judeu ficou preso na babilônia, este primeiro templo foi destruído e saqueado pelos babilônios.  Ciro, rei dos persas, derrotou Nabuconosor e libertou os judeus, alguns quiseram voltar para Jerusalém os que ficaram mandavam dízimos para Jerusalém. Surge nesse processo as sinagogas onde era muito parecido com o templo de Jerusalém, no entanto, nesses lugares não acontecia os sacrifícios.


Na construção do segundo templo,  Zorobabel, Neemias e Esdras, decidiram reconstruir o grande santuário. O Segundo Templo foi reerguido no mesmo local onde antes havia sido construído o Templo de Salomão. Após o fim do cativeiro babilônico, muitos judeus regressaram para Jerusalém e, por iniciativa de Zorobabel, Neemias e Esdras, decidiram reconstruir o grande santuário, que se manteve erguido entre 515 a.C. e 70 d.C, servindo de centro de culto e adoração do Judaísmo.

Foi após o regresso da Babilônia que o formato da religião judaica que se conhece atualmente passou a existir. Os cultos centravam-se nas sinagogas, existentes até hoje, um hábito adquirido no cativeiro, devido à ausência do Templo de Salomão, que havia sido destruído pelo rei Nabucodonosor. Esses locais funcionavam como um ponto de encontro dos judeus para as orações e leitura das Escrituras. Somente depois de ser reerguido o Segundo Templo é que os judeus voltaram a fazer sacrifícios ao Deus Altíssimo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Documentário Vida Pantaneira- Joselandia MT


Documentário editado por mim. Feito no Pantanal na cidade de Joselandia em 2010 no pratico da Jocum/ Eted Comunicadores. Saudades desse tempo! Obrigada a toda a equipe de Jocum Cuiabá!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

120- Avivamento

"120 num só lugar"
"E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas)..."
Atos 1:15

120 ouviram Pedro pregar logo após receber o Espirito Santo, dali por diante, depois do derramar do Espirito, a historia da humanidade nunca mais seria a mesma. A igreja passou por altos e baixos, mas o Espirito nunca deixou de agir e hoje vemos uma avivamento acontecendo.
Não pense que venho falar de algo triunfalista e imediato, venho falar do verdadeiro despertamento.

O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo". O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão num grau chamado piel. Um verbo na forma do Piel expressa uma ação ativa intensiva no hebraico. Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus.
Deus continua no piel, agindo intensivamente. 

Recentemente participei do Encontro "120 no mesmo lugar" organizado pela "Igreja Projeto Vida" com a coordenação do pastor Fábio Scassiotti. Quebrando todos os paradigmas vi um equilibrio que há algum tempo o Espirito Santo tem ministrado em meu coração.
A Palavra de Deus e o mover do Espirito, ambos buscados com a mesma intensidade, seguido de um profundo obedecer a Deus e morte da carne.

Transcrevo trechos do artigo do Rev Josivaldo de França Pereira - Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, que para mim define bem o que é avivamento.
A igreja não produz o vento do Espírito, ela só pode içar suas velas em direção a esse vento. O avivamento jamais acontecerá se a igreja não se humilhar. Sem oração da igreja, as chuvas torrenciais de Deus não descerão. Sem busca não há encontro. Sem obediência a Deus, jamais haverá derramamento do Espírito.

Vida sem doutrina gera misticismo e experiencialismo subjetivista. Avivamento sem doutrina é fogo de palha, é movimento emocionalista, é experiencialismo personalista e antropocentrista. Deus tem compromisso com a verdade e a sua Palavra é a verdade e todo avivamento precisa estar fundamentado na Palavra.

Louvor não é encenação. Não é mimetismo. Não é ritualismo. Não é emocionalismo. Não é apenas seguir formas pré-estabelecidas, como bater palmas, dizer aleluia, amém e levantar as mãos. Louvor que apenas levanta as mãos para o alto, mas não as estende para o necessitado não agrada a Deus.
Louvor que não produz mudança de vida, quebrantamento, obediência e não leva as pessoas a confiarem em Deus, não é louvor.
"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5:23).

Avivamento não é histeria carnal, é choro pelo pecado. Deus não procura adoração. Ele procura adoradores.
A igreja hoje está correndo mais atrás de sinais do que atrás de santidade. A igreja hoje empolga-se mais com milagres do que com vida cheia do Espírito. A igreja hoje anseia mais as bênçãos de Deus do que o Deus das bênçãos. Avivamento não é conhecido pelos dons do Espírito, mas pelo fruto do Espírito.


Toda a nossa vida é cúltica. Todo o nosso viver é litúrgico. O grande avivalista John Wesley lutou pelas causas sociais na Inglaterra ao mesmo tempo que pregou sobre avivamento. Finney pregou ardorosamente contra a escravidão nos EUA no século passado ao mesmo tempo que foi o maior avivalista do seu país. João Calvino atacou com veemência os juros extorsivos em Genebra. 

O avivamento sempre traz profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e morais. O avivamento não leva a igreja à fuga, mas ao enfrentamento. Avivamento é algo que acontece unicamente no meio do povo de Deus. O Espírito Santo renova, reaviva e desperta a igreja sonolenta. É revitalização onde já existe vida. é um reviver dos crentes.

O avivamento é primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertamento de membros de igreja que se acham letárgicos, dormentes, quase moribundos. É oração fervorosa e louvor sincero; convicção de pecado na vida das pessoas; desejo profundo de santidade de vida e aumento perceptível no desejo de pregação do evangelho.
Ele causa impacto em toda a comunidade onde a igreja de Deus está inserida. A relação entre a Bíblia e o avivamento é tão intrínseca que é impossível um avivamento de verdade sem que a Bíblia faça parte dele, ela foi, é e sempre será a espada do Espírito Santo em todo avivamento

Além disso, numa época de tantos extremos como este em que vivemos, é fundamental o equilíbrio que só a Bíblia oferece.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Quando Jó viveu?

Jó (em heb: אִיּוֹב), cujo nome significa "voltado sempre para Deus", é um personagem de um dos livros mais antigos da bíblia. De acordo com a tradição teria vivido na terra de Uz, onde atualmente se encontra o Iraque.
Não se sabe ao certo quando viveu, pela ausência de evidências e pela narrativa bíblica do mesmo se apresentar mais como uma poesia épica do que um relato factual, sua existência como pessoa histórica é motivos de muitos debates principalmente entre rabinos interpretes da torá. 
Apesar das duvidas, Jó foi um personagem real! Deus o menciona junto com suas testemunhas Noé e Daniel, cuja existência foi aceita por Jesus Cristo. (Ez 14:14, 20; compare com Mt 24:15, 37.) A antiga nação hebréia encarava a Jó como pessoa real. Tiago menciona o exemplo de perseverança de Jó. (Tg 5:11)

A época da provação de Jó foi muito depois dos dias de Abraão. Foi num tempo em que não havia “ninguém igual a [Jó] na terra, homem inculpe e reto”.  Este parece ser o período transcorrido entre a morte de José (1657 AC), um homem de notável fé, e o tempo em que Moisés iniciou seu proceder de integridade. 
Ademais, as práticas mencionadas no primeiro capítulo de Jó, indicam os tempos patriarcais em vez do período posterior a 1513 AC, quando Deus passou a lidar exclusivamente com Israel sob a Lei. (Am 3:2) Assim, dando-se margem à longa vida de Jó, o livro parece abranger um período entre 1657 AC e 1473 AC, ano em que Moisés morreu; o livro foi completado por Moisés algum tempo após a morte de Jó e enquanto os israelitas estavam no ermo. — Jó 1:8; 42:16, 17.

Por que dizemos que Moisés foi o escritor? Isto está de acordo com a mais antiga tradição entre eruditos tanto judeus como cristãos primitivos. O vigoroso estilo autêntico da poesia hebraica, empregado no livro de Jó, torna evidente que era composição original em hebraico, o idioma de Moisés. Não poderia ter sido tradução de outro idioma como o árabe. Também, os trechos em prosa têm mais forte semelhança com o Pentateuco do que com quaisquer outros escritos da Bíblia.
O livro de Jó tem um lugar muito especial nas Escrituras.  Fala sobre o terrível sofrimento de um servo de Deus, e como ele e seus amigos procuraram fazer sentido da angústia dele.

A pessoa que lê a Bíblia de começo ao fim, não achando nenhuma data no livro de Jó, poderia pensar que fora escrito depois de Ester, o livro anterior nas nossas Bíblias. Mas as evidências sugerem que Jó viveu bem antes de Ester. Vamos observar alguns fatos:

1. A posição de Jó no Antigo Testamento é devido ao estilo de literatura, e não à data. Normalmente reconhecemos quatro ou cinco divisões principais do Velho Testamento. 
Os primeiros cinco livros (o Pentateuco) explicam a origem do mundo, dos homens e, especialmente, do povo de Israel. 
Os próximos doze (de Josué a Ester) seguem a história dos judeus da conquista da terra prometida até o cativeiro babilônico e o retorno à terra. 
Os próximos cinco (de Jó até Cântico dos Cânticos) são livros de sabedoria e louvor. 
Os últimos 17 (Isaías até Malaquias) são livros proféticos, que relatam algumas pregações de alguns mensageiros de Deus daquela época (às vezes, os livros proféticos são divididos em cinco maiores e doze menores). 
Percebemos que Jó não segue Ester. É o primeiro dos livros de Sabedoria.

2. Os sacrifícios de Jó
Na época dos Patriarcas, vários servos de Deus faziam sacrifícios em diversos lugares (Gênesis 9:20-21; 12:7-8; etc.). Uma vez que o povo de Israel chegou à terra prometida, foi proibido para os judeus oferecerem sacrifícios em outros lugares, a não ser no local designado por Deus (Dt 12:1-14). 
Além disso, somente sacerdotes levitas faziam esses sacrifícios (Lv 14:19). 
Se Jó fosse israelita vivendo sob a Lei dada por meio de Moisés, ele não teria direito de fazer os seus próprios sacrifícios em outros lugares, como fez com a aprovação de Deus (Jó 1:5; 42:8).

3. A idade de Jó: 
No início do livro de Jó, achamos um homem casado com dez filhos adultos e muitas posses. Depois de suas experiências com sofrimento e os debates com seus amigos, Jó ainda viveu 140 anos (42:16-17). Ao todo, a vida de Jó certamente chegou perto de 200 anos, e talvez foi muito além dessa idade. Sabemos que os homens nos primeiros capítulos de Gênesis atingiam idades bem avançadas. Depois do dilúvio, as idades começaram a diminuir passando para a media de 120 anos. 
Abraão viveu 175 anos; Isaque, 180; Jacó, 147; José, 110; etc. Depois do livro de Gênesis, não há registro de ninguém que viveu 140 anos ou mais. Este fato sugere que Jó se encaixa na época dos Partriarcas, talvez durante ou antes do tempo de Abraão.

Jó se destaca entre os livros da Bíblia em exaltar o poder, a justiça, a sabedoria e o amor de Deus. Revela com a máxima clareza a questão primária colocada diante do universo e fornece respostas a muitas perguntas da vida.

Neste site pode-se encontrar alguns comentários bíblicos a respeito do Livro de Jó
http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2009/05/comentario-biblico-online-jo-11.html 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Deuses do Antigo Testamento

Na Biblia há algumas referências sobre os deuses adorados no Antigo Testamento que causava grande ira ao Deus vivo de Israel.
"Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a Astarote". Jz 2:13
As  prostitutas cultuais eram comum nos templos, elas eram sacerdotisas que usavam a relação sexual como forma de culto e adoração aos deuses.
A maioria dos deuses mencionados na bíblia eram cananeus, lembrando que os cananeus eram descendentes de Cam, o filho amaldiçoado de Noé (Gn 10:6). Cam gerou Canaã. Cam também gerou Cuxe que gerou Ninrode o grande líder Babilônico e Mizraim que em hebraico se refere ao povo egipcio.

Abaixo listo alguns dos deuses que aparecem na Biblia, há algumas controvérsias acerca da historia desses deuses e sua relações, mas procurei colocar abaixo as que mais são comuns entre si:

Baal- deus semita: Baal, em hebraico, significa ‘senhor’, ‘patrão’ ou ‘marido’, contudo na Bíblia ele é usado como nome próprio se referindo a um deus. Baal era filho de Dagon, ele aparece como o deus da tempestade e do vento. Era casado com Aserá.

Referencia bíblica: 1 Reis 16:31-32 e 18:21-40; 2 Reis 10:21-28 e 23:5; Jz 6:32, 8:33 e 9:4 e 9:46; Jr 11:12)

Muitos aparentemente adoravam o mesmo deus, porém com nomes diferentesBamote-Baal, Bete-Baal-Meom, Baal-Melkart, Meribe-Baal, Quiriate-Baal e até o famoso Baal-Zebube (Belzebu), conhecido como "O Senhor das Moscas" e seria o deus das coisas que voam ou que estão pelo ar.

No Antigo Testamento se usa muitas vezes o termo ‘baalim’, o plural de ‘baal’  (1Reis 18:18) termo que sintetiza as divindades masculinas. Aparece também o uso plural, ‘asterot, que indica as várias divindades femininas estrangeiras.

Astarote ou Asterote- deusa do amor, da fertilidade e da guerra: era chamada assim pelos fenícios, sumérios e acádios, os babilônios e assírios se referiam a ela como Ishtar, os sidônios de Inana, os egípcios de Isis e os gregos de Afrodite.
Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.
No tempo de Jeremias muitas mulheres de Judá a adoravam, com o nome de Rainha dos Céus (Jr 7:18;44:17,19).


Aserá: deusa cananéia da fertilidade adorada também pelos fenícios e pelos sírios em culto junto com Baal, o seu companheiro (Jz 3:7). Uma inscrição suméria datando de 1750 a.C. se refere a ela como a esposa de Anu, que pode ser identificado como El, o deus pai do panteão cananeu. 

Aserá era chamada "A Senhora do Mar" e era representada, as vezes, como uma mulher que carregava uma ou mais serpentes nas mãos. Era a serpente de Aserá quem aconselhou Eva para desobedecer a ordem de Deus de não comer da árvore sagrada. Rituais sempre eram realizados em frente à uma árvore que representava a deusa. Daí deriva a adoração aos postes ídolos ou sagrados.
A palavra hebraica "asherah" é usada tanto para referir-se a Asera, deusa conhecida tanto como mãe de Baal como por mulher dele, quanto para identificar uma árvore sagrada, ou poste-ídolo que a representasse.

O arqueólogo Macalister encontrou em um estrato (nível de escavação) evidências de artefatos pertencentes ao período dos cananitas contemporâneos de Josué (cerca de 1.500 a.C.). Tratava-se de um "lugar alto", que tinha sido um templo onde os cananitas praticaram a adoração a seu deus Baal e sua deusa Asera, nos quais se realizavam os sacrifícios de recém nascidos. Macalister encontrou um grande número de vasos de tamanho grande que continham os restos de ossos de bebês. Não poderia ser um cemitério porque locais de sepultamento eram considerados impuros e impróprios para a adoração.

Asterote e Aserá são similares podendo as vezes se referir a mesma deusa.

Moloque: também conhecido como Malcã, conforme os textos bíblicos, é o nome do deus ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã, sacrificavam seus recém-nascidos, jogando-os em uma fogueira. Era o deus dos filhos de Amom. No hebraico, o seu nome significa “rei”.  Os amonitas, descendiam de Bem-Ami, filhos de Ló. Também é conhecido como deus do fogo, pois consumia suas vitimas no fogo.
Segundo as escrituras, os povos amorreus, por volta de 1900 a.C., adoravam Moloque, ele era, ao mesmo tempo, um fogo purificador, destruidor e consumidor. A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi ou leão, no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios, consumindo assim, a criança viva.
Ele era esculpido todo em bronze, seus sacerdotes recheavam-no de produtos inflamáveis. Em seguida, aqueciam-no até que ficasse intensamente vermelho.

E da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. Lv. 18:21; 20

Dagon- deus semitico: era uma das principais divindades dos filisteus (povo de Canaã). Ele era um deus da fertilidade, da abundância e das colheitas. 
Dagon era o pai de Baal e só estava abaixo de El, o deus Supremo daquele povo. Há registros de seu nome datando da terceira dinastia de Ur, cerca de 25 séculos antes de Cristo.
Dagon é representado como uma entidade marinha tendo a parte superior do corpo de homem e da cintura para baixo, sendo peixe. Em outras representações ele é um homem com o corpo coberto de escamas, capaz de respirar, e assim viver no fundo do mar.
Quando ele estava satisfeito contemplava seus seguidores com colheitas abundantes que mantinham longe as privações.

Os filisteus dependiam de Dagon para o sucesso em suas colheitas, mas rendiam a ele homenagens também em tempos de guerra. Para agradá-lo, ofereciam sacrifícios de animais e orações em seus grandes templos. Seus sacerdotes usavam trajes cerimoniais com escamas prateadas e grandes mitras na cabeça. Para seus deveres sagrados usavam bacias de metal e facas curvas empregadas nos sacrifícios.

Em 1 Sm 5 vemos o relato de quando os filisteus roubaram a Arca da Aliança e Dagon se prostrou diante dela.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Gigantes

Um assunto polemico na Bíblia são os gigantes, há provas cientificas ou arqueológicas da sua existência? Algumas fotos são encontradas na internet, muitos dizem ser montagens, outros afirmam ser uma verdade que os cientistas querem manter em segredo pois refutaria toda a teoria da evolução de Darwin.
Exponho aqui tão somente algumas referências bíblicas para despertar a curiosidade e a vontade de se estudar mais o assunto, é um post que estarei sempre atualizando e procurando fontes idôneas.


Também uso como referencia o Livro de Enoque (apócrifo), apesar de se tratar de um livro apócrifo, ele é mencionado por algumas cartas do Novo Testamento (Judas, Hebreus e 2ª de Pedro). 
Até a elaboração da Vulgata, por volta do ano 400, os primeiros seguidores de Cristo o mencionavam abertamente em seus textos e o aceitavam como real. Enoque foi preservado somente em uma cópia em etíope. Após a Vulgata ele caiu no esquecimento, contudo, ele fornece informações bastante interessantes sobre os gigantes. Enoque foi o avô de Noé e assim como o profeta Elias foi arrebatado.

Não pretendo defender nenhuma tese, apenas fornecer informações sobre esses seres tão misteriosos.

“Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na Antigüidade”. (Gênesis, 6: 4).

“Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos” (Números, 13: 33).

“Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo” (I Samuel, 17: 4)

Em Deuteronômio 2: 10-11, lemos: "Os emeus dantes habitavam nela: um povo grande e numeroso, e alto como os gigantes; também estes foram contados por gigantes como os enaquins."

"Ogue, rei de Basã, era o único sobrevivente dos refains. Sua cama era de ferro e tinha, pela medida comum, quatro metros de comprimento e um metro e oitenta centímetros de largura. Ela ainda está em Rabá dos amonitas". Deuteronômio 3:11
"Todo o reino de Ogue em Basã, que reinou em Astarote e em Edrei; este ficou do restante dos gigantes que Moisés feriu e expulsou". Js13:12

O termo hebraico para “gigantes” é nephlins. O significado mais aproximado do original é CAÍDOS.

Os NEFILINS eram anjos caídos que tomaram corpos físicos, humanos, e, ao terem relações sexuais com as mulheres terrestres, geram nelas seres estranhos, híbridos, todos do sexo masculino e gigantescos como Golias de Gate, seus irmãos gigantes, Seom, rei dos amorreus, Ogue, rei da Basã e os filhos de Anaque, ou Enaque.

Eles tomaram várias designações tais como, "EMINS", "ZANZUMINS", "ANAQUINS", "REFAINS".

"E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.
E quando os anjos, os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os
outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos. Então eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles coabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos, e a divisão de raízes e árvores.
E as mulheres conceberam e geraram gigantes". Enoque 7
"A impiedade foi aumentada, a fornicação multiplicada; e eles transgrediram e corromperam todos os seus caminhos" Enoque 8
Segundo o Livro de Enoque estes anjos caídos transmitiram muito conhecimento aos homens aumentando a iniqüidade sobre a terra, e por causa da sua transgressão em se misturar com os humanos, Deus os acorrentou no abismo.

A epístola de Judas refere-se a este fato:
"E AOS ANJOS que não guardaram o seu principado, mas deixaram A SUA PRÓPRIA HABITAÇÃO, reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; assim COMO SODOMA E GOMORRA, e as cidades circunvizinhas que, havendo-se corrompido, COMO AQUELES (Aqueles quem? Os anjos caídos) e ido após OUTRA CARNE (Que outra carne? Uma carne não humana.), foram postas como exemplos, sofrendo a pena do fogo eterno." (Judas 6, 7.)

Na carta de Pedro, a mesma alusão a anjos e a Sodoma e Gomorra dão conta de que tudo se combina, e concorda:
"Porque Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; e condenou à subversão as cidades do Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente."

Os gigantes não ressuscitarão. Por não fazerem parte da criação original de Deus, esses gigantes não ressuscitarão. Por que os habitantes de Sodoma e Gomorra, ao verem os anjos de Deus, em forma humana, entrando na casa de Ló, ajuntaram-se diante da casa, querendo, a todo custo, manter relações sexuais com eles? Sem dúvida já estavam acostumados a tal prática com seres sobrenaturais.