terça-feira, 31 de julho de 2012

Deuses do Antigo Testamento

Na Biblia há algumas referências sobre os deuses adorados no Antigo Testamento que causava grande ira ao Deus vivo de Israel.
"Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a Astarote". Jz 2:13
As  prostitutas cultuais eram comum nos templos, elas eram sacerdotisas que usavam a relação sexual como forma de culto e adoração aos deuses.
A maioria dos deuses mencionados na bíblia eram cananeus, lembrando que os cananeus eram descendentes de Cam, o filho amaldiçoado de Noé (Gn 10:6). Cam gerou Canaã. Cam também gerou Cuxe que gerou Ninrode o grande líder Babilônico e Mizraim que em hebraico se refere ao povo egipcio.

Abaixo listo alguns dos deuses que aparecem na Biblia, há algumas controvérsias acerca da historia desses deuses e sua relações, mas procurei colocar abaixo as que mais são comuns entre si:

Baal- deus semita: Baal, em hebraico, significa ‘senhor’, ‘patrão’ ou ‘marido’, contudo na Bíblia ele é usado como nome próprio se referindo a um deus. Baal era filho de Dagon, ele aparece como o deus da tempestade e do vento. Era casado com Aserá.

Referencia bíblica: 1 Reis 16:31-32 e 18:21-40; 2 Reis 10:21-28 e 23:5; Jz 6:32, 8:33 e 9:4 e 9:46; Jr 11:12)

Muitos aparentemente adoravam o mesmo deus, porém com nomes diferentesBamote-Baal, Bete-Baal-Meom, Baal-Melkart, Meribe-Baal, Quiriate-Baal e até o famoso Baal-Zebube (Belzebu), conhecido como "O Senhor das Moscas" e seria o deus das coisas que voam ou que estão pelo ar.

No Antigo Testamento se usa muitas vezes o termo ‘baalim’, o plural de ‘baal’  (1Reis 18:18) termo que sintetiza as divindades masculinas. Aparece também o uso plural, ‘asterot, que indica as várias divindades femininas estrangeiras.

Astarote ou Asterote- deusa do amor, da fertilidade e da guerra: era chamada assim pelos fenícios, sumérios e acádios, os babilônios e assírios se referiam a ela como Ishtar, os sidônios de Inana, os egípcios de Isis e os gregos de Afrodite.
Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.
No tempo de Jeremias muitas mulheres de Judá a adoravam, com o nome de Rainha dos Céus (Jr 7:18;44:17,19).


Aserá: deusa cananéia da fertilidade adorada também pelos fenícios e pelos sírios em culto junto com Baal, o seu companheiro (Jz 3:7). Uma inscrição suméria datando de 1750 a.C. se refere a ela como a esposa de Anu, que pode ser identificado como El, o deus pai do panteão cananeu. 

Aserá era chamada "A Senhora do Mar" e era representada, as vezes, como uma mulher que carregava uma ou mais serpentes nas mãos. Era a serpente de Aserá quem aconselhou Eva para desobedecer a ordem de Deus de não comer da árvore sagrada. Rituais sempre eram realizados em frente à uma árvore que representava a deusa. Daí deriva a adoração aos postes ídolos ou sagrados.
A palavra hebraica "asherah" é usada tanto para referir-se a Asera, deusa conhecida tanto como mãe de Baal como por mulher dele, quanto para identificar uma árvore sagrada, ou poste-ídolo que a representasse.

O arqueólogo Macalister encontrou em um estrato (nível de escavação) evidências de artefatos pertencentes ao período dos cananitas contemporâneos de Josué (cerca de 1.500 a.C.). Tratava-se de um "lugar alto", que tinha sido um templo onde os cananitas praticaram a adoração a seu deus Baal e sua deusa Asera, nos quais se realizavam os sacrifícios de recém nascidos. Macalister encontrou um grande número de vasos de tamanho grande que continham os restos de ossos de bebês. Não poderia ser um cemitério porque locais de sepultamento eram considerados impuros e impróprios para a adoração.

Asterote e Aserá são similares podendo as vezes se referir a mesma deusa.

Moloque: também conhecido como Malcã, conforme os textos bíblicos, é o nome do deus ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã, sacrificavam seus recém-nascidos, jogando-os em uma fogueira. Era o deus dos filhos de Amom. No hebraico, o seu nome significa “rei”.  Os amonitas, descendiam de Bem-Ami, filhos de Ló. Também é conhecido como deus do fogo, pois consumia suas vitimas no fogo.
Segundo as escrituras, os povos amorreus, por volta de 1900 a.C., adoravam Moloque, ele era, ao mesmo tempo, um fogo purificador, destruidor e consumidor. A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi ou leão, no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios, consumindo assim, a criança viva.
Ele era esculpido todo em bronze, seus sacerdotes recheavam-no de produtos inflamáveis. Em seguida, aqueciam-no até que ficasse intensamente vermelho.

E da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. Lv. 18:21; 20

Dagon- deus semitico: era uma das principais divindades dos filisteus (povo de Canaã). Ele era um deus da fertilidade, da abundância e das colheitas. 
Dagon era o pai de Baal e só estava abaixo de El, o deus Supremo daquele povo. Há registros de seu nome datando da terceira dinastia de Ur, cerca de 25 séculos antes de Cristo.
Dagon é representado como uma entidade marinha tendo a parte superior do corpo de homem e da cintura para baixo, sendo peixe. Em outras representações ele é um homem com o corpo coberto de escamas, capaz de respirar, e assim viver no fundo do mar.
Quando ele estava satisfeito contemplava seus seguidores com colheitas abundantes que mantinham longe as privações.

Os filisteus dependiam de Dagon para o sucesso em suas colheitas, mas rendiam a ele homenagens também em tempos de guerra. Para agradá-lo, ofereciam sacrifícios de animais e orações em seus grandes templos. Seus sacerdotes usavam trajes cerimoniais com escamas prateadas e grandes mitras na cabeça. Para seus deveres sagrados usavam bacias de metal e facas curvas empregadas nos sacrifícios.

Em 1 Sm 5 vemos o relato de quando os filisteus roubaram a Arca da Aliança e Dagon se prostrou diante dela.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Gigantes

Um assunto polemico na Bíblia são os gigantes, há provas cientificas ou arqueológicas da sua existência? Algumas fotos são encontradas na internet, muitos dizem ser montagens, outros afirmam ser uma verdade que os cientistas querem manter em segredo pois refutaria toda a teoria da evolução de Darwin.
Exponho aqui tão somente algumas referências bíblicas para despertar a curiosidade e a vontade de se estudar mais o assunto, é um post que estarei sempre atualizando e procurando fontes idôneas.


Também uso como referencia o Livro de Enoque (apócrifo), apesar de se tratar de um livro apócrifo, ele é mencionado por algumas cartas do Novo Testamento (Judas, Hebreus e 2ª de Pedro). 
Até a elaboração da Vulgata, por volta do ano 400, os primeiros seguidores de Cristo o mencionavam abertamente em seus textos e o aceitavam como real. Enoque foi preservado somente em uma cópia em etíope. Após a Vulgata ele caiu no esquecimento, contudo, ele fornece informações bastante interessantes sobre os gigantes. Enoque foi o avô de Noé e assim como o profeta Elias foi arrebatado.

Não pretendo defender nenhuma tese, apenas fornecer informações sobre esses seres tão misteriosos.

“Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na Antigüidade”. (Gênesis, 6: 4).

“Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos” (Números, 13: 33).

“Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo” (I Samuel, 17: 4)

Em Deuteronômio 2: 10-11, lemos: "Os emeus dantes habitavam nela: um povo grande e numeroso, e alto como os gigantes; também estes foram contados por gigantes como os enaquins."

"Ogue, rei de Basã, era o único sobrevivente dos refains. Sua cama era de ferro e tinha, pela medida comum, quatro metros de comprimento e um metro e oitenta centímetros de largura. Ela ainda está em Rabá dos amonitas". Deuteronômio 3:11
"Todo o reino de Ogue em Basã, que reinou em Astarote e em Edrei; este ficou do restante dos gigantes que Moisés feriu e expulsou". Js13:12

O termo hebraico para “gigantes” é nephlins. O significado mais aproximado do original é CAÍDOS.

Os NEFILINS eram anjos caídos que tomaram corpos físicos, humanos, e, ao terem relações sexuais com as mulheres terrestres, geram nelas seres estranhos, híbridos, todos do sexo masculino e gigantescos como Golias de Gate, seus irmãos gigantes, Seom, rei dos amorreus, Ogue, rei da Basã e os filhos de Anaque, ou Enaque.

Eles tomaram várias designações tais como, "EMINS", "ZANZUMINS", "ANAQUINS", "REFAINS".

"E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.
E quando os anjos, os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os
outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos. Então eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles coabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos, e a divisão de raízes e árvores.
E as mulheres conceberam e geraram gigantes". Enoque 7
"A impiedade foi aumentada, a fornicação multiplicada; e eles transgrediram e corromperam todos os seus caminhos" Enoque 8
Segundo o Livro de Enoque estes anjos caídos transmitiram muito conhecimento aos homens aumentando a iniqüidade sobre a terra, e por causa da sua transgressão em se misturar com os humanos, Deus os acorrentou no abismo.

A epístola de Judas refere-se a este fato:
"E AOS ANJOS que não guardaram o seu principado, mas deixaram A SUA PRÓPRIA HABITAÇÃO, reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; assim COMO SODOMA E GOMORRA, e as cidades circunvizinhas que, havendo-se corrompido, COMO AQUELES (Aqueles quem? Os anjos caídos) e ido após OUTRA CARNE (Que outra carne? Uma carne não humana.), foram postas como exemplos, sofrendo a pena do fogo eterno." (Judas 6, 7.)

Na carta de Pedro, a mesma alusão a anjos e a Sodoma e Gomorra dão conta de que tudo se combina, e concorda:
"Porque Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; e condenou à subversão as cidades do Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente."

Os gigantes não ressuscitarão. Por não fazerem parte da criação original de Deus, esses gigantes não ressuscitarão. Por que os habitantes de Sodoma e Gomorra, ao verem os anjos de Deus, em forma humana, entrando na casa de Ló, ajuntaram-se diante da casa, querendo, a todo custo, manter relações sexuais com eles? Sem dúvida já estavam acostumados a tal prática com seres sobrenaturais.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Urim e Turim

Urim e Tumim (do hebraico אורים ותמים luzes e perfeições) é o nome dado à um processo de adivinhação utilizado pelos antigos israelitas para descobrir a vontade de Deus sobre determinado evento.

Referências bíblicas:
Ex 28:30
Lev 8:8
Num 27:21
Dt 33:8
1Sm 28:6
Es 2:63
Ne 7:65




O Urim e Turim fazia parte da veste sacerdotal o  Hosher e era composto de 12 pedras preciosas com os nomes das 12 tribos de Israel.

A placa peitoral que utilizava era dobrada ao meio, formando um bolso onde ficava um pergaminho contendo o nome de Deus.
Este nome fazia com que certas letras gravadas sobre as pedras preciosas acendessem de acordo com as questões perguntadas. Aquele que desejava uma resposta (e apenas questões de relevância dentro da comunidade israelita poderiam ser perguntadas) ia ao sumo sacerdote. Este virava-se para a Arca da Aliança, e o inquiridor de pé atrás do Sumo-Sacerdote fazia a pergunta em voz baixa. O sumo sacerdote, olhando para as letras que se acendiam, era inspirado para decifrar a resposta de Deus. A Tradição é unânime em afirmar que foram utilizados até a destruição do primeiro Templo, quando pararam de funcionar.

Quando Ana foi orar no templo o sacerdote consultou o Urim, porém as letras que se acenderam em hebraico eram parecidas com a palavra bêbada, mas trocando-se uma letra de lugar a palavra seria bem.


domingo, 22 de julho de 2012

Instrumentos da Bíblia


Quando lemos a Bíblia nos deparamos com alguns instrumentos interessantes, sejam eles utilizados para a guerra ou adoração, para facilitar a visualização e o entendimento bíblico coloquei alguns deles abaixo a nível simplesmente de curiosidade.


Funda de Davi


Basicamente, uma funda consiste em uma correia ou corda (de couro ou, nos dias de hoje, até mesmo de material sintético) que tem (não obrigatoriamente) no centro uma “baladeira” (pedaço de couro ou outro material resistente em que se deposita a pedra). Em uma ponta da corda ou correia, um laço ou anel que se prende ao dedo médio. A outra ponta é segura pela mesma mão. Rodando a funda usando o peso em sua extremidade (na baladeira), a pedra recebe uma força tal que, quando é solta a ponta sem laço, percorre um grande espaço em grande velocidade, com enorme força de impacto. 
Uma funda é um instrumento por demais simples e primitivo, mas requer uma perícia que depende de muita preparação e inteligência. Se a pedra for solta no momento errado, na posição errada do círculo que ela faz ao ser rodada, pode ir para outro lado que não o desejado. 

De nada adiantam as melhores armas nas mãos de quem não as manuseie com perícia. Para isso, o fundibulário aprende, instintivamente, a calcular a velocidade certa, conforme a distância, a intensidade e a direção do vento e até mesmo o tamanho certo da pedra, para que ela corte o ar com eficiência e atinja o ponto desejado. As pedras usadas para fundas eram, geralmente, redondas, escolhidas com cuidado entre seixos rolados de rios (como Davi o fez, no riacho de Elá).

Lira
Genesis 4:21 nos conta que da descendencia de Caim nasceu Jubal,filho de Lameque, sete gerações depois de Adão.
Ele inventou a lira (kinnor)e a flauta (ugav). 

Jubal tinha um irmão, Tubal-Cain, o qual é conhecido por nós como aquele que fabricava ferramentas de bronze e de ferro.
Tem sido assumido, de forma geral, que ele provavelmente deve ter tentado construir os primeiros instrumentos de metal, tais como a trombeta. 
Os instrumentos encontrados eram típicos de um contexto nômade. Eles eram pequenos e portáteis, e fabricados com materiais encontrados facilmente no contexto geográfico e econômico do nomadismo: juncos, peles de animais, madeira, cascos de tartaruga, etc. Eram tocados ou como instrumentos solo ou usados para acompanhar o canto.
A lira também foi o instrumento usado por David para afastar os maus espíritos do Rei Saul.


Que nosso soberano mande estes seus servos procurar um homem que saiba tocar a lira. Quando o espírito maligno se apoderar de ti, o homem tocará a lira e tu te sentirás melhor". 
E Saul respondeu aos que o serviam: "Encontrem alguém que toque bem e o tragam até aqui".
Um dos funcionários respondeu: "Conheço um dos filhos de Jessé, de Belém, que sabe tocar lira. É um guerreiro valente, sabe falar bem, tem boa aparência e o Senhor está com ele".Então Saul mandou mensageiros a Jessé com a seguinte mensagem: "Envie-me seu filho Davi, que cuida das ovelhas". 
1 Samuel 16:16-19

Shofar

O nome Jubal (yuval = chifre de carneiro) traz em si uma referência ao mais destacado dos instrumentos em Israel, a saber, o shofar (chifre de carneiro).

O shofar é feito de um chifre de animal casher (considerado limpo). Qualquer chifre pode ser usado para o shofar, exceto vaca ou touro, pois estes chifres são chamados em hebraico de "keren" e não shofar, e também porque seu chifre poderia remeter ao Bezerro de Ouro que os filhos de Israel fizeram no deserto, ao deixarem o Egito.

Geralmente, e de preferência, o shofar é feito de um chifre de carneiro, em memória do carneiro que foi oferecido em lugar de Yitzhak (Isaac), que permitiu-se ser atado e colocado sobre o altar como um sacrifício a Deus.

O Shofar emite três sons característicos: Tekiá – um som contínuo, como um longo suspiro; Shevarim – três sons interrompidos, como soluços; Teruá – nove (ou mais) sons curtíssimos como suspiros entrecortados em prantos.

Estes sons do shofar evocam e expressam sentimentos de profundo pesar pelas más ações que cometemos no passado. É também uma conclamação às armas, como um tambor de guerra. Para os judeus a função mais importante dos sons do shofar é inspirar a alma e provocar vibrações extraordinárias no coração, ativando o sentimento do arrependimento e humildade. O shofar diz que nunca é demasiado tarde para começar. Deus sempre perdoa o passado ao tomarmos boas decisões para o futuro.

Tekiáh – Longo/Curto – Usado para Festas e para Adoração
(Anuncia a Majestade do Senhor Rei de Israel, aquele que nos deu a promessa do Reino e sua recompensa aos Justos) O Tekiáh tambem nós dá uma mensagem que relata o ensino bíblico de separação entre o Homem e seu criador. Recorda-nos no dia em que o homem pecou contra Elohim no Éden e ocorreu uma grande separação. Essa é a razão do som cumprido, é a grande separação entre Elohim e os Homens. 

Shevarim – 3 Toques Tekiáh – Usado para anunciar a entrada de um Rei e para clamar o povo ao arrependimento e a santidade, esse toque também expressa o gozo interior em meio as aflições do mundo, certos de que finalmente o Reino dos céus será implantado em toda terra. Toda vez que o Shevarim é tocado, afirmamos nossa fé no retorno e na entrada do Rei Messias. 

Teruah – 1Tekiáh seguidos de 9 Stacato (Toque Breves) – Usado para Guerra e para Clamar ao Povo Arrependimento e Tristeza pelo Pecado em nossos Corações – Esse toque nos chama a despertar do sonho e a reflexão profunda de nossas vidas diante do Senhor. O Teruah e como uma voz que nos convida para analisarmos retrospectivamente e ver como estamos em nossa relação com Deus e com nosso próximo. Esse toque também nos revela a dor imensa que sentiu Adonai quando o Homem pecou contra Ele. Os nove sons representam as Lagrimas do Eterno pelo Pecado no coração do povo.

Tekiáh Gedolahl – 1 Tekiáh Longo (O Grande Toque) – Usado para anunciar o Juízo de Deus e Simboliza também Alegria pois o Senhor Perdoou nossos pecados e por isso somos Livres Para Adorá-lo !


Trombetas de Prata
Eram feitas de prata batida e somente os sacerdotes poderiam usa-la.
Encontramos a referencia dessas trombetas no livro de Números 10. Havia também a ordenança da festa das trombetas em Num 29 e Lv 23: 

Disse mais o Senhor a Moisés:
 Faze-te duas trombetas de prata; de obra batida as farás, e elas te servirão para convocares a congregação, e para ordenares a partida dos arraiais. 
Quando se tocarem as trombetas, toda a congregação se ajuntará a ti à porta da tenda da revelação.Mas quando se tocar uma só, a ti se congregarão os príncipes, os cabeças dos milhares de Israel.
Quando se tocar retinindo, partirão os arraiais que estão acampados da banda do oriente.
Mas quando se tocar retinindo, pela segunda, vez, partirão os arraiais que estão acampados da banda do sul; para as partidas dos arraiais se tocará retinindo.
Mas quando se houver de reunir a congregação, tocar-se-á sem retinir:Os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas; e isto vos será por estatuto perpétuo nas vossas gerações.
Ora, quando na vossa terra sairdes à guerra contra o inimigo que vos estiver oprimindo, fareis retinir as trombetas; e perante o Senhor vosso Deus sereis tidos em memória, e sereis salvos dos vossos inimigos.
Semelhantemente, no dia da vossa alegria, nas vossas festas fixas, e nos princípios dos vossos meses, tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, e sobre os sacrifícios de vossas ofertas pacíficas; e eles vos serão por memorial perante vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus.

Em II Crônicas 5:12 lemos por exemplo, que no templo de Salomão, pelo menos 120 sacerdotes tinham uma delas.

Portanto elas serviam;
- para avisar que o inimigo se aproximava
- para convocar o povo para a guerra
- para convocar o povo para as Festas do Senhor
- para avisar ao povo sobre a escolha de um novo rei

O toque do shofar ou da trombeta é profético, pois para cada uma destas ocasiões havia uma preparação da parte do exército ou do povo quando ouvia o toque do shofar. Mas também devemos saber que cada toque (para cada ocasião em especial) tinha um significado. E o povo de Israel, aprendeu a discernir cada toque!
Em Apocalipse, ou livro das Revelações, as trombetas também vão adquirir um papel importante nos acontecimentos futuros.


Queixada de Sansão

Ossos que serviram de instrumento de guerra de Sansão.

E achou uma queixada fresca de um jumento, e estendeu a sua mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens. Então disse Sansão: Com uma queixada de jumento, montões sobre montões; com uma queixada de jumento feri a mil homens.
E aconteceu que, acabando ele de falar, lançou a queixada da sua mão; e chamou aquele lugar Ramate-Leí. Juízes 15:15-17

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Tabernáculo- descrição

Tabernáculo do hebraico- mishkan que quer dizer moradia.
Designa o santuário portátil onde durante Êxodo até os tempos do Rei Davi os israelitas guardavam e transportavam a Arca da Aliança.
A dedicação do tabernáculo fez-se no primeiro dia do segundo ano depois que os israelitas saíram do Egito. Durante o dia, cobria-o uma nuvem, e durante a noite, pairava sobre ele uma coluna de fogo, enquanto durou a viagem pelo deserto. Quando se levantava acampamento, os levitas se encarregavam de desmontar o tabernáculo e de novo o levantarem em outro lugar.
O Tabernáculo media 13.5 m de comprimento e 4.5 m de largura, e era dividido em dois espaços chamados Santo Lugar e Santo dos Santos.
Na entrada do Tabernáculo, havia cinco colunas de madeira de acácia revestidas com ouro. A própria entrada, pela qual entrava no pátio exterior do Tabernáculo, era feito de uma tela tecida de fios azul, púrpura, e escarlate e tecido de linho finíssimo.

Porta: Todas as vezes que era armado, sua única porta (10m x 2,5m) ficava para o nascente. As 12 tribos faziam acampamento ao redor do Tabernáculo, formando grupos de 03 tribos à frente, 03 do lado direito, 03 do lado esquerdo e 03 na retaguarda. O Tabernáculo ficava sempre no meio do acampamento.





Altar do Holocausto

Ficava no Átrio. Era a primeira e maior peça do tabernáculo, medindo 2,5m de comprimento, 2,5m de largura (era quadrado) e 1,5m de altura e ficava logo à entrada da porta. Foi feito com madeira de setim e recoberto com cobre. Era utilizado para sacrificar os animais em oferta a Deus.






Bacia ou Pia de Bronze

A Bacia de Bronze (bacia de rosto), ficava no pátio do Tabernáculo entre o Altar e o Santo Lugar, permitia o ritual da lavagem das mãos e dos pés. Ex 30.18






As cobertas do Tabernáculo

A primeira coberta do Tabernáculo era feita por cortinas tecidas com desenho artístico de querubim com fios azul, púrpura, e escarlate e tecido de linho finíssimo.





A segunda coberta do Tabernáculo era feita de pêlos de cabras.
A terceira coberta do Tabernáculo era feita de peles de carneiro tingidas de vermelho.

A quarta coberta do Tabernáculo era feita de peles de texugo. (animal marinho)

Púrpura: é a cor da realeza.
Escarlate ou carmesim: Cor de sangue e aponta para Jesus.
Branco: Pureza e santidade.
Azul: céu, divindade.




Lugar Santo
Dentro do Santo Lugar, existiam um candelabro, a mesa de pão, e o altar de incenso



Candelabro

Também chamado de candeeiro ou castiçal. Totalmente confeccionada em ouro pesando 30 Kg, que com suas sete lâmpadas iluminava todo aquele lugar.



Mesa dos Pães

Confeccionada em madeira de acácia (setim) e revestida de ouro. Media 90cm de comprimento, 45cm de largura e 68 cm de altura.
Os doze pães representam as tribos de Israel. Todos os sábados eram consagrados os pães e repostos. Indicava que a consagração do salvo ao servir o Senhor não pode parar. Os pães que eram retirados podiam ser comidos pelos sacerdotes.


Altar do Incenso

Construído em madeira de setim e revestido de ouro.
Sua função era, queimar incenso ao Senhor, que representa nossas orações e louvor.
As brasas que ardiam (tipo do Espírito Santo) neste altar eram trazidas daquele primeiro altar, lá da entrada do átrio (Altar do holocausto). Não se podia atear fogo diretamente no altar do incenso.


Santo dos Santos ou Santissimo Lugar



Era o lugar onde ficavam a Arca da Aliança e o propiciatório. Era o lugar onde Deus habitava. 
Só o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos uma vez por ano, no Dia de Expiação (Yom Kipur), levando o sangue do bode de sacrifício para a remissão dos pecados dos Israelitas.
Ele fazia assim porque o Santo dos Santos do Tabernáculo, a Casa de Deus, era um Santo Lugar onde ele não podia entrar a menos que se levasse o sangue do sacrifício, em cuja cabeça suas mãos foram impostas, para eliminar as iniquidades dos pecadores. Deus desta forma descia no propiciatório e entregava Sua misericórdia ao povo de Israel.

Arca da Aliança

A Arca era uma pequena caixa, feita de madeira de acácia e recoberta de ouro. Suas medidas eram: 1,15 metros de comprimento, 0,7 metros de largura e 0,7 metros de altura. Ela era carregada por meio de duas barras longas, feitas de madeira de acácia e também recoberta de ouro. 
Dois querubim estirando suas asas olhando para baixo por acima da tampa que cobria a Arca do Testemunho. O espaço entre o dois querubim é chamado de propiciatório. O Sumo sacerdote aspergia o sangue do sacrifício dado ao povo de Israel neste propiciatório por sete vezes.



Dentro da Arca ficava:
1. As duas tábuas da Lei: Os dez mandamentos foram escritos nestas duas tábuas de pedra, pelo dedo de Deus, no monte Sinai.
2. A vara de Aarão que floresceu
3. O pote de ouro com maná "escondido"
Estes três itens juntos formavam o testemunho (Êx 25:21), por conseguinte a Arca é chamada também de Arca do Testemunho.


Quando o sumo sacerdote falecia suas vestes passavam ao seu sucessor.
As vestimentas do sumo sacerdote compunham-se de sete peças ― a estola, a sobrepeliz, o peitoral, a mitra, a túnica bordada, o cinto e os calções (Êxodo 28:4, 42). Durante o culto, os sacerdotes ficavam descalços. Antes de entrarem no tabernáculo, deviam lavar as mãos e os pés. A área na qual os sacerdotes ficavam era considerada solo sagrado, como foi no caso de Moisés e a sarça ardente.

Tabernáculo

Abaixo um video de 8min. com a descrição e as imagens do tabernáculo
Mto legal mesmo
Assistam


video 2

Sacrificios e Ofertas no Antigo Testamento



Olah- Holocausto- este tipo de sacrifício corresponde a toda carne queimada sobre o altar do holocausto. A palavra holocausto vem do termo hebraico. Os holocaustos deveriam ser oferecidos a cada manhã e também ao cair da tarde. Nos dias comuns deveria ser oferecido apenas um cordeiro com um ano de idade, sem defeito, mas aos sábados, dois cordeiros deveriam ser oferecidos pela manhã e outros dois à tarde. O ofertante colocava as mãos sobre o animal destinado ao sacrifício, reconhecendo nele o seu substituto. Um detalhe importante é que o próprio ofertante abatia o animal na presença dos sacerdotes, os quais aspergiam o seu sangue sobre o altar.

Minchah- Oferta de Cereal- Era o único sacrifício em que as carnes não estavam envolvidas. Era oferecido apenas farinha de trigo crua, grãos de cereais assados e bolos sem fermento. Todos os ingredientes eram oferecidos sobre o fogo com sal, óleo e incenso.O que sobrava era dos sacerdotes. Esta oferta era um tipo de "oferta de gratidão", uma vez que lembrava aos israelitas de sua passagem pelo deserto, onde houve grande escassez de alimentos, dos quais foram eles supridos por Deus através do maná, o pão que caia do céu. Era uma forma de gratidão a Deus.

Hattah- Oferta pelo Pecado- oferta sacrificial dada por um pecado específico com transferencia do pecado para o animal.

Asham- Oferta pela Culpa ou Transgressão- era um tipo de sacrifício envolvendo certos pecados, onde ficava patente que o dano causado carecia de uma retribuição. Ele é apresentado de duas maneiras: 
1) A transgressão envolvendo uma falta diante de Deus, na omissão em dar as "coisas santas ao Senhor" 
2) A transgressão de mandamentos e princípios dados pelo Senhor. – Neste caso, a defraudação era contra o semelhante.
O produto do roubo ou defraudação deveria ser compensado, antes mesmo do oferecimento de qualquer oferta a Deus.

Sh'lamim- Oferta Pacífica; de Paz ou de Comunhão- deveria acontecer de forma voluntária, quando o ofertante fosse movido pelo desejo de agradecer a Deus por algum motivo especial. Um animal macho ou fêmea deveria ser oferecido, mas sem qualquer mancha. Esta oferta era também chamada de "oferta da comunhão",  já que inspirava por parte do ofertante um relacionamento de comunhão com o Senhor.

Tenuphah- Oferta Alçada- peito e coxas do animal do sacrifício da oferta de paz eram movidos diante do Senhor e dados ao Sacerdote.

Zebhah Ned-Habhah- Oferta Voluntária- Oferta dada sem constrangimento de modo voluntário, livremente e com alegria.

Zebhah ha-todhah- Oferta de Gratidão- oferta dada em ação de graças a Deus pelas suas bênçãos e por sua provisão ao seu povo.

Zebhah nedher- Oferta Votiva- Estava ligada a oferta de paz, em cumprimento aos votos feitos a Deus pelo ofertante. O sacrifício tinha que ser com uma animal perfeito, sem defeitos. Ensina a santidade e a fidelidade dos votos.

Kaphar- Oferta de Expiação- todos os homens de vinte anos para cima, tinham que dar meio siclo ou seis gramas como oferta ao Senhor

Nesekh- Oferta dos Primeiros Frutos ou Primícias- a primeira de todas as colheitas e o primogênito do rebanho eram ofertados a Deus.

Curiosidades: 
O ofertante ou o sacerdote matava o animal, cortando as artérias do pescoço. 
* O sacerdote borrifava um pouco do sangue nos lados do altar.
* O sacerdote tirava o couro, que ficava para ele.
* Aí cortava o animal em pedaços e os colocava sobre a lenha do altar.
* A carne era toda queimada ou só uma parte dela, conforme o tipo do sacrifício.
* Depois do sacrifício pacífico havia uma refeição comum, em que o sacerdote e o ofertante comiam parte da carne do animal.




Festas de Israel



Festas e dias importantes de Israel:
Cada mês do ano judaico tem sua Tribo representada.

Rosh Hodesh – Chodesh- Lua nova- Celebrada todo primeiro dia dos meses do ano. No Início de cada mês, tocavam trombetas, lembrando-se da criação do mundo.

Pesah – Páscoa – celebrada no dia 15 de Nisan (Abril). A palavra significa "passagem" ou " passar por cima".  É a recordação memorial de que um dia foram escravos no Egito, mas foram libertos por Deus, do seu cativeiro, conforme narração no livro de Êxodo.

Omer – Primícias da Colheita – é o período que vai do dia seguinte da Pesah, até Shavuot. Neste período, são oferecidos feixes das primícias da colheita da cevada.

Shavuot – Festa de Pentecostes – celebrada no dia 6 de Sivã (Junho). Shavuot, significa “semanas”. Aqui se encerrava o período comemorativo que se iniciava na páscoa.Este feriado é conhecido por “Festa das Primícias” (Chag HaBikurim) que era o término da colheita de cereais.  Era celebrado cinqüenta dias após a páscoa. Foi nessa data que Moises recebeu "os dez mandamentos" e foi numa dessas festas que veio sobre a igreja o batismo no Espírito Santo.

Sukkot – Festa da tenda ou das Cabanas – iniciava-se no dia 15 de Tishri (outubro) e se estendia ate o dia 21 do mês. Relembrava aos Hebreus que YAHWEH um dia os tirou do Egito e os fez habitar em tendas no deserto. É o dia que se reafirma que todo homem dependia de Deus. Aponta para um dia que Deus será proclamado O Rei. Segundo a tradição judaica, nesse dia, Deus determina a quantidade que cairá no ano seguinte.

Rosh Hashaná- (cabeça do ano) Festa das Trombetas – Toque do shofar. 1 e 2 dia de Tishrei. É o nome dado ao ano-novo. Segue-se 10 dias conhecidos como Aseret Yemei Teshuva – dias de arrependimento, culminando no dia de Yom Kipur. O ano novo judaico é um período de reflexão, em que Deus inicia o julgamento de cada ser humano conforme suas ações. A data celebra o aniversário da criação do homem, no 6º dia da Criação do Mundo.

Yom Kippur – Dia do perdão – 10 de Tishri (Outubro). A celebração dessa festa, inicia-se antes do por-do-sol e termina no anoitecer do dia seguinte. É um período de jejum em que a nação busca o perdão de Deus. Somos pecadores, mas Deus é rico em perdoar.

Purim – “Dia de Mardoqueu” – Dia 14 de Adar (março). É uma comemoração e também ação de graças, alusivas ao livramento que Deus deu ao seu povo, nos dias do rei Assuero.
Origina-se da palavra “Pur”, sorteio. Referente a data em que Haman sorteou e marcou para o aniquilamento do povo judeu, quando então foi salvo pela revelação da rainha Ester ao rei Assuero o plano de Haman.
Comemora-se com grande alegria e muitas fantasias.

Shabat – Sábado – Dia de Santidade e descanso. É um memorial à criação e em sinal do pacto entre Deus e seu povo Hebreu. O shabat começa antes do por do sol de sexta feira e vai até o inicio da noite de sábado.

Ano Sabático- A cada 07 anos- era descanso da terra.

Jubileu- 50 anos